Entrevistas

Ana Soeiro

“O que me motiva é toda esta paixão que tenho pelo futebol”

Nome completo: Ana Margarida Soeiro Azevedo

Nome Futebolístico: Soeiro

Local e data de nascimento: 06/09/2000 Beja

Nacionalidade: Portuguesa

Profissão: Estudante

Início da prática de futebol federado: Setembro de 2006

Clubes representados: Casa do Benfica de Beja, Núcleo Sportinguista de Beja, Clube Desportivo de Beja e Futebol Clube Castrense.

Clube atual: Futebol Clube Castrense

Posição específica: Extremo

Pé preferencial: Direito

Títulos coletivos conquistados: Taça distrital e Campeonato Distrital  

Clube favorito: S.L.Benfica

Número preferido: 6

Jogadores preferidos: C. Ronaldo

Jogadoras preferidas: Marta

Uma virtude: velocidade

Um defeito: Jogo aéreo 

Como começaste a praticar futebol?

Comecei a jogar desde pequena com o meu pai, no meu bairro e na escola; e foi assim que me apercebi que o que eu realmente queria e gostava era de futebol, pelo que falei com os meus pais e eles procuraram clubes em Beja que me aceitassem (por ser rapariga), e na altura foi só a Casa do Benfica, por isso fui lá fazer um treino gostei e acabei por ficar lá. 

Tiveste o apoio da tua família?

Sim, principalmente dos meus pais.

O futebol foi sempre a única paixão, ou gostavas de fazer desporto em geral?

Gosto de praticar outros desportos, sempre gostei muito de desporto, mas o futebol será sempre o meu desporto de eleição.

Qual foi o melhor e o pior momento que viveste no futebol?

É difícil escolher o pior momento, porque não tive propriamente piores momentos no futebol, acho que o que me marcou mais até agora, e de uma forma menos positiva, foi quando atingi a idade máxima para jogar com rapazes e tive de ficar um ano parada, pois não tinha equipa nem idade para jogar só com raparigas.

Já o meu melhor momento foi na época passada quando ganhei o campeonato e a taça distrital, em Futsal, pelo Desportivo de Beja.

Como te descreves enquanto jogadora?

Não sei bem, é uma pergunta difícil de responder porque a nossa opinião nunca é bem a correta. A verdade é que não vamos ser sempre totalmente corretos em todos os nossos defeitos e virtudes, por isso acho mesmo que só quem está de fora é que me consegue descrever enquanto jogadora.

Tens alguma superstição ou ritual antes ou depois dos jogos?

Sim, tenho (acho que todo o jogador o têm).

O que te motiva para continuares a jogar futebol?

O que me motiva é toda esta paixão que tenho pelo futebol, a vontade e ambição de querer mais e de conseguir mais, porque acho que essa ambição é a base de tudo e de todas as nossas conquistas e, apesar de saber que não sou uma jogadora perfeita e que ainda tenho muito para aprender e melhorar, sei que se tiver sempre a mesma vontade e ambição de querer mais e poder mais vou conseguir progredir naquilo que gosto e faço. Isso é o que realmente mais me motiva é saber que posso conseguir ainda mais do que aquilo que faço, que a cada treino ou jogo posso dar um pouco mais de mim e que isso só me está a fazer evoluir.

Alguma vez sentiste que o futebol te prejudicava nos estudos?

Não, porque os meus pais sempre que ensinaram a saber separar a escola do futebol. Apesar de gostar muito de futebol a escola está em primeiro lugar e sempre fui avisada de que um erro na escola e o futebol acabava…daí sempre fazer esta gestão e arranjar forma de o futebol não me prejudicar nos estudos, pois sempre me ensinaram que se gosto de algo tenho que lutar por isso e ter noção de todas as consequências e riscos do mesmo.

A falta de de reconhecimento do futebol feminino é apenas uma questão financeira?

Não. O futebol feminino para maior parte das pessoas ainda não tem valor, talvez por todos os tabus que ainda existem à volta da mulher e, apesar de vivermos numa sociedade moderna, a maior parte das pessoas ainda tem uma mentalidade fechada e acham que o futebol, tal como outros desportos, é só para os homens. Daí esta grande diferença entre o futebol feminino e o masculino. É verdade que o dinheiro influencia, mas só há cerca de ano e meio é que o futebol feminino começou a ser mais reconhecido e a ter mais visibilidade, talvez porque viram que as mulheres também sabem jogar ou porque esta geração já tem uma visão diferente das mulheres no futebol. Ainda não é a melhor visão mas já está melhor.

Achas que o futebol feminino ainda está ligado a preconceitos?

Sim, infelizmente ainda há muitos preconceitos…basta olharmos para a discrepância, a nível de condições, de regalias, visibilidade, etc. que existe entre homens e mulheres nesta modalidade.

Achas que num futuro próximo vamos ter uma liga profissional em Portugal?

Sim, felizmente temos grandes jogadoras no nosso país e se existe uma de homens porque não uma de mulheres? Há muitas de nós que tem um nível e uma capacidade superior a muitos jogadores homens, por isso acredito e temos todas as condições para termos uma liga profissional.

Qual a liga estrangeira que mais te atrai?

A norte americana.

Se te aparecesse uma oportunidade para ser profissional em Portugal ou no estrangeiro aceitavas?

Claro que sim.

Até quando pensas jogar futebol?

Não sei dizer, mas gostaria prolongar até tarde.

Qual o treinador que mais admiras? E porquê?

Não tenho treinador preferido.

Como gostarias de continuar a tua carreira?

Gostaria de seguir a minha carreira, tornar-me profissional e dar o meu contributo como atleta ao futebol feminino.

Obrigada Soeiro!

ANA CAPETA

"A minha vontade de jogar é a minha maior motivação"

Nome completo: Ana Inês Palma Capeta

Nome Futebolístico: Ana Capeta

Local e data de nascimento: Beja 22/12/1997

Nacionalidade: Portuguesa

Profissão: Estudante

Ano que iniciaste a prática futebol federado: 2006/2007

Clubes representados: Operário Futebol Clube (Aljustrel - Rio de Moinhos) / Crazy Misson Sports (Mineiro-Aljustrel) / Casa do Benfica de Castro Verde / Clube Atlético Ouriense (Ourém) / Clube Atlético Cultural (Lisboa-Pontinha)

Clube atual: Clube Atlético Cultural (Lisboa-Pontinha)

Posição específica: Avançada

Pé preferencial: Direito

Títulos coletivos conquistados: Operário Futebol Clube (Campeã da taça) Casa do Benfica Castro Verde (Campeã distrital e campeã da taça) Clube Atlético Ouriense (Campeã nacional, e campeã da taça de Portugal)

Títulos individuais conquistados: Melhor marcadora, melhor jogadora (Campeonato Distrital de Beja)

Número de internacionalizações: 9

Clube favorito: Sporting Clube de Portugal

Número preferido: 8

Jogadores preferidos: Cristiano Ronaldo

Jogadoras preferidas: Carli Lloyd / Ana Borges

Treinador(es) preferido(s): José Mourinho / Loius Van Gaal

Uma virtude: Luto pelos meus objetivos até ao último segundo.

Um defeito: Sou muito compulsiva.

Como começaste a praticar futebol?

Comecei por ter o incentivo de, todos os fins-de-semana, ir ver jogos de futebol do meu pai, o que foi uma inspiração.

Tiveste o apoio da tua família?

Sim, sempre foram os primeiros a me apoiar em todas as minhas decisões sobre o que fazer em relação à minha "vida futebolística".

O futebol foi sempre a única paixão, ou gostavas de fazer desporto em geral?

Sempre gostei de fazer desporto no geral, mas claro o futebol foi sempre a maior obsessão.

Qual foi o melhor e o pior momento que viveste no futebol?

O melhor sem dúvida foi ter chegado à seleção nacional. O pior de todos foi ter feito duas lesões bastantes graves no joelho, o que me impediu de jogar por um grande período de tempo.

Como te descreves enquanto jogadora?

Persistente.

Tens alguma superstição ou ritual antes ou depois dos jogos?

Não.

O que te motiva para continuares a jogar futebol?

A minha vontade de jogar é a minha maior motivação sem dúvida, mas ver a evolução do futebol feminino, todos os dias, dá vontade de continuar a trabalhar ainda com maior empenho e ter um pensamento positivo diariamente.

Alguma vez sentiste que o futebol te prejudicava nos estudos?

Não, em havendo vontade de continuar na prática de futebol arranja-se sempre maneira de conciliar as duas coisas.

A falta de condições e de reconhecimento do futebol feminino é só uma questão financeira?

Não estou muito dentro desses assuntos, mas em comparação ao reconhecimento que havia há dois anos, estamos muito melhor, mesmo!

Achas que ainda há preconceitos quanto ao futebol feminino?

Não se pode chamar propriamente de preconceito, mas é claro que o futebol feminino nunca irá ter tanto valor como o masculino. Tanto em nível de apostas de clubes, como apostas de adeptos.

Teremos, num futuro próximo, uma liga profissional em Portugal?

Na verdade o futebol feminino em Portugal tem vindo a evoluir, acredito que não iremos ficar por aqui, muitas coisas boas virão.

Qual a Liga estrangeira que mais te atrai?

Suécia.

Se te aparecesse uma oportunidade para ser profissional em Portugal ou no estrangeiro aceitavas?

Claro que sim, é o sonho de qualquer jogadora que tenha como sonho ser profissional de futebol ter essa experiência de jogar fora de Portugal.

Até quando pensas jogar futebol?

Até que a minha vida pessoal não mo permitir fazer mais.

Qual o treinador que mais admiras? E porquê?

José Mourinho, não só pelo simples facto de ser português, o que, claro, traz um carinho especial, mas também pela quantidade de títulos acumulados enquanto treinador.

Obrigada Capeta!

12 de fevereiro, 2016

LUCAS

“Para alcançar um sonho, é por aqui que se começa!”

Nome Futebolístico: Lucas

Nome completo: Joana Palma Lucas

Local e data de nascimento: 08/12/1999 Lisboa

Nacionalidade: Portuguesa

Profissão: Estudante

Início da prática de futebol federado: 2014

Clubes representados: Clube Desportivo de Beja, Futebol Clube Castrense

Clube atual: Futebol Clube Castrense

Posição específica: Lateral Direito

Pé preferencial: Direito

Títulos coletivos conquistados: Campeonato Distrital de Futsal Feminino, 2014/2015; Taça do Distrito de Beja, 2014/2015

Clube favorito: Real Madrid

Número preferido: 8

Jogadores preferidos: Ronaldo, James Rodríguez, Neymar, Maxi Pereira

Jogadoras preferidas: Claudia Neto, Edite, Jessica Silva

Treinador(es) preferido(s): José Mourinho

Uma virtude: vontade de lutar

Um defeito: falta de confiança

Como começaste a praticar futebol?

Comecei a praticar futebol com os rapazes na escola.

Tiveste o apoio da tua família?

Sim.

O futebol foi sempre a única paixão, ou gostavas de fazer desporto em geral?

Sempre gostei muito de jogar futebol, mas só agora percebi que este desporto é a minha paixão.

Qual foi o melhor e o pior momento que viveste no futebol?

Não tenho muito tempo de futebol, mas o melhor momento foi entrar na seleção distrital, porque para alcançar um sonho, é por aqui que se começa. O pior momento foi ter agravado uma lesão que tinha no joelho.

Como és enquanto jogadora?

Persistente.

Tens alguma superstição ou ritual antes ou depois dos jogos?

Sim, benzer-me.

O que te motiva para continuares a jogar futebol?

A paixão que tenho por este desporto.

Alguma vez sentiste que o futebol te prejudicava nos estudos?

Não, uso o futebol para me distrair da escola, porque enquanto jogo faço o que mais gosto.

A falta de condições e de reconhecimento do futebol feminino é só uma questão financeira?

No meu ponto de vista não.

Achas que ainda há preconceitos quanto ao futebol feminino?

sim.

Teremos, num futuro próximo, uma liga profissional em Portugal?

Sim.

Que Liga mais te atrai?

Alemã.

Se te aparecesse uma oportunidade para ser profissional em Portugal ou no estrangeiro aceitavas?

Claro. Não pensava duas vezes!

Até quando pensas jogar futebol?

Quando vir que está na hora de deixar o futebol ou ter algo que não mo permita fazer.

Obrigada Lucas!

JEKA

“A minha família sempre me apoiou em tudo!”

Nome completo: Jéssica Cristina Fradinho Pacheco

Nome Futebolístico: Jeka

Local e data de nascimento: Beja, 29-05-1996

Nacionalidade: Portuguesa

Profissão: Estudante

Início da prática de futebol federado: 2003

Clubes representados: Despertar Sporting Clube; Núcleo Sportinguista de Beja; Alcáçovas Atlético Clube; Sport Clube Mineiro Aljustrelense; Casa do Benfica de Castro Verde; Futebol Clube Castrense.

Clube atual: Futebol Clube Castrense

Posição específica: Extremo

Pé preferencial: Direito

Títulos coletivos conquistados: Três Taças do Distrito; Dois Campeonatos Distritais; Um Campeonato Nacional de Futebol de Rua

Clube favorito: Benfica

Número preferido: 11

Jogadores preferidos: Neymar; Messi

Jogadoras preferidas: Alex Morgan

Treinador(es) preferido(s): não tem

Uma virtude: Autoconfiança

Um defeito: Teimosia

Como começaste a praticar futebol?

Comecei a praticar futebol no meu bairro com os meus amigos (Bairro do Pelame, Beja). Mas o que me levou a ir para uma equipa foi o meu irmão; costumava acompanhá-lo nos jogos dele e decidi entrar numa equipa também.

Tiveste o apoio da tua família?

Claro, a minha família sempre me apoiou em tudo, a minha mãe não perde um jogo meu!

O futebol foi sempre a única paixão, ou gostavas de fazer desporto em geral?

O futebol foi sempre a minha única paixão mas também praticava Atletismo; quando tive de optar escolhi o futebol.

Qual foi o melhor e o pior momento que viveste no futebol?

O melhor momento que vivi no futebol foi ter sido chamada à Seleção Nacional e o pior foi perder, nos quartos-de-final, a Taça de Portugal. Foi completamente injusto.

Como és enquanto jogadora?

Eu, enquanto jogadora, penso que sou bastante persistente e lutadora. Não gosto de perder nenhum jogo e faço de tudo para ajudar a minha equipa a ganhar.

Tens alguma superstição ou ritual antes ou depois dos jogos?

Sim tenho, antes dos jogos oiço música para me dar mais força.

O que te motiva para continuares a jogar futebol?

A minha motivação é simplesmente a paixão que tenho pelo Futebol!

Alguma vez sentiste que o futebol te prejudicava nos estudos?

Não, sempre conciliei as duas coisas.

A falta de condições e de reconhecimento do futebol feminino é só uma questão financeira?

Sim, acho que a falta de dinheiro faz com que os clubes não invistam mais nas equipas.

Achas que ainda há preconceitos quanto ao futebol feminino?

Sim. A sociedade ainda é machista. As raparigas também sabem jogar futebol, ou melhor, algumas jogam melhor que muitos rapazes.

Teremos, num futuro próximo, uma liga profissional em Portugal?

Acho que não, o futebol feminino em Portugal não está tão desenvolvido como nos outros países.

Que Liga mais te atrai?

Estados Unidos da América.

Se te aparecesse uma oportunidade para ser profissional em Portugal ou no estrangeiro aceitavas?

Claro que sim, não pensava duas vezes, o meu grande sonho é ser jogadora profissional de futebol.

Até quando pensas jogar futebol?

Até quando o meu corpo me permitir fazê-lo.

Obrigada Jeka!